Diário de bordo: A difícil missão com a fonte que não quis falar
Durante a manhã, do sábado (18 de Setembro) ficamos cerca de uma hora tentando convencer uma fonte (que chamaremos pelo pseudonimo Dona Clara) para falar com a nossa equipe. A conversa com Dona Clara,nos comoveu. Desde o primeiro momento até o último, ela disse que não iria falar com a nossa equipe. Em uma conversa franca, Dona Clara disse que não falaria com o grupo pelos seguintes motivos:
“Vocês jornalistas não olham pra gente. Quero ver quando formar se vão vim aqui.”
“O Carlos Viana veio aqui e nunca mais voltou”
“Se Deus quiser quando vocês formarem e estiverem na Rede Globo quero ver se o seu chefe vai deixar vocês virem aqui”
“ Eu sei que é um trabalho de vocês mas, respeite a minha opinião”
“ Eu fiquei doente e não teve ninguém pra vir aqui me ajudar”
“ Todo mundo acha que a gente aqui é vagabundo”
“ Eu não vivo no mundo de ilusões, eu sou realista”
“Nós precisamos de um lugar descente pra morar”
“Não, eu não vou na audiência. Um dia o juiz expulsou todo mundo de lá”.
O foco da nossa entrevista foi mudado. Resolvemos fazer uma proposta para a Dona Clara “Olha, vamos fazer o seguinte, nós vamos fazer o trabalho com o Cláudio e o Agnaldo aí você ver e decide se aceita fazer com a gente” ela responde “ Não, eu não vou fazer. Sou contra Agnaldo falar e o Cláudio também. “
A nossa equipe foi insistente “Vamos fazer o seguinte: A gente não mostra sua casa, queremos que você fale tudo isso que esta falando sobre a imprensa. Queremos dá voz a vocês”. A resposta foi a mesma “Não, eu não vou falar”.